Quem atenta para o nome dos tradicionais conjuntos habitacionais de Feira de Santana, como o grande Feira X ou o acadêmico Feira VI, percebe a ausência de uma sequência na numeração: conhecemos o Feira IV, Feira V, Feira VI, Feira VII, Feira IX e Feira X, mas não temos notícia dos conjuntos Feira I, II, III e VIII. Por que há essa falha na sequência numérica?

Os conjuntos habitacionais feirenses foram construídos pela antiga companhia baiana de habitação, URBIS (Habitação e Urbanização da Bahia S.A.), responsável pelo provimento de moradia para a população com renda entre 1 e 5 salários mínimos em todo o estado da Bahia.

Em 1998 a URBIS foi liquidada e as políticas governamentais responsáveis pelos conjuntos habitacionais e expansão urbana na Bahia foram transferidas à CONDER, que passou a ser chamada de Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia, seu atual nome.

Em vários municípios baianos é comum ver conjuntos com o nome “URBIS” e sua sequência numérica (URBIS I, II, III…). Em Feira, o nome “URBIS” foi substituído por “Feira”, identificando os conjuntos que conhecemos atualmente (em Salvador alguns conjuntos receberam o nome “Cajazeiras”, bairro onde foram instalados).

Os conjuntos Feira I e Feira II formam o que hoje conhecemos como bairro Cidade Nova. A separação entre os dois conjuntos pode ser percebida na nomeação das ruas: as ruas do Feira I são nomeadas por letras e números, enquanto as do Feira II receberam nomes de jogadores de futebol e cidades do interior baiano. O Feira III, por sua vez, é conhecido como Jomafa, uma homenagem ao ex-prefeito João Marinho Falcão.

Não encontramos referência ao que pode ser o Conjunto “Feira VIII”. Há quem diga ser a Gabriela, outros o Viveiros e há versões também apontando como sendo o Morada das Árvores. Caso o leitor saiba o porquê da ausência, favor esclarecer nos comentários, para completarmos nosso post. Desde já agradecemos!