Há um tempo venho lançando o olhar sobre Feira de Santana, buscando o que temos de melhor neste pedaço de terra. Há três meses, o Feirenses debulha a cidade, mostrando o que há de bom ou simplesmente o que há e o que é o nosso espaço. Mas e além dele? O que Feira lança para outras paragens? Por onde andam e quem são os feirenses que fizeram malas e sucesso lá fora?

Nesta postagem, elenco e falo de alguns desses feirenses. Não estão aí todos, porque são tantos. E que vamos, aos poucos, fazendo saber (mais) por aqui.

Russo Passapusso

Russo Passapusso

Se você já escutou o som do grupo musical BaianaSystem, você conhece a voz deste músico e compositor feirense que tatuou seu nome na nova geração da música baiana. O rap, o reggae e a cultura sound system jamaicana foram as maiores inspirações no início de sua carreira.

Criador e frontman do BaianaSystem, faz uma releitura contemporânea da guitarra baiana. E, junto com uma equipe de outros músicos fantásticos, já levou esse som para países como Japão, França, Dinamarca, Rússia, China e EUA. E não para por aí. Russo Passapusso, essa “performance explosiva”, como bem o denominou o igualmente baiano Lázaro Ramos, também integra o Bemba Trio, com Fael Primeiro e DJ Raiz, e fazem um som que mescla o rap e a música jamaicana.

Em 2014, fez 10 anos de carreira, celebrados com o lançamento do seu disco solo “Paraíso da Miragem”, que tem participação dos gogós de BNegão, Anelis Assumpção, Edgard Scandurra e Marcelo Jeneci.

Para saber mais sobre este feirense ricamente musical, vai lá no site ou no Facebook ou busca ainda umas entrevistas bem legais pelo YouTube. E não deixa de conferir esta entrevista massa feita pela nossa TV Olhos D’Água:

 

Luiz Caldas

Luiz Caldas

Os sucessos “Nega do cabelo duro, que não gosta de pentear…” e “Tieta do Agreste, lua cheia de tesão…” compõem este feirense que respira música desde a sua infância. Uma infância pobre, mesclada entre a apresentação em bandas amadoras e o trabalho no comércio.

Luiz Caldas é um dos maiores nomes da história do carnaval baiano, sendo o responsável pelo “axé music” como um estilo. No entanto, em sua veia musical não corre somente o axé. Busque forró, salsa, rock (etc!) e encontrará a sua voz ativa.

Recentemente, iniciou um projeto de disponibilização mensal gratuita de seus álbuns em seu site.

Para saber mais sobre o feirense mais carnavalesco que existe, vale a pena conferir a sua história por ele mesmo:

https://www.youtube.com/watch?v=4a0EmGkAX90

 

Luiz Caldas está no Facebook.

Carlos Pitta

Carlos Pitta

Que respeito não tem o músico que participa de um CD no qual também participam Gilberto Gil e Edu Lobo? Que respeito não tem o músico que lança um disco com a participação de João Donato? Que músico de respeito não consegue uma parceria com a poetisa Myriam Fraga e o artista plástico Calazans Neto? Quão respeito teve Jorge Amado ao escrever a apresentação do disco de um músico de respeito? Dominguinhos e Carlinhos Brown não participariam do disco de um músico se não fosse ele um músico de respeito. Quanto respeito tem um músico gravado por Elba Ramalho, Daniela Mercury, Alcione, Margarete Menezes, A Cor do Som, Ana Buarque de Holanda, Trio Nordestino, Marinês e Sua Gente, Armandinho e outros nomes, porque esses são só alguns que respeitam um músico de respeito.

Esse músico de respeito, chamado Carlos Pitta, não cansa de se divulgar feirense nem de cantar Feira em suas músicas. Apesar disso, é também marcado pelo descaso que aqui é feito do seu trabalho. E, numa apresentação local, foram estas as suas palavras: “Por mais que esta cidade me maltrate, eu amo esta cidade. É lamentável que Feira de Santana… o poder público fecha a porta para o artista de Feira de Santana”. E canta:

Todos os caminhos levam a Feira de Santana

o bem e o mal passam em Feira de Santana

a estação orbital passa em Feira de Santana

o rio que vai pro mar passa em Feira de Santana

o touro do sertão passa em Feira de Santana

passa o pente no cabelo

passa o dedo pelo anel/

passa o camelo na agulha

passa a rosa pelo mel/

passa a estrela matutina

passa a festa que é junina

passa o meio do mundo

passa o disco pelo céu

todos caminhos levam a Feira de Santana

o trem já passou

passaram Domingos e Ana

passou o meio da feira

passou por Feira de Santana

passou o rei do baião

passou a sorte da cigana

micareta tá na cara

passa por Feira de Santana

o blue da encruzilhada passa por Feira de Santana

o começo da estrada passa por Feira de Santana,

todos os caminhos passam por Feira de Santana

 

O músico de respeito tem blog e Facebook.

Galldino

Galldino

Um dos projetos independentes de maior êxito da América Latina (se não o maior) é o grupo musical “O Teatro Mágico”. Entre os seus fundadores está o violinista Galldino. Um feirense.

Galldino começou a estudar música aos 8 anos. Primeiro, o violão. Depois, o violino. “Como não havia loja de instrumentos musicais na Feira de Santana de 1984, a gente não podia quebrar nenhuma corda”. Aos 15, foi para o Rio de Janeiro ser cobrador de ônibus. Quando o carro estava sem muitos passageiros, cantava músicas inventadas na hora. Com o dinheiro de cobrador, comprou seu primeiro violão. Aos 18, vendeu o violão ao pai, pegou o dinheiro e foi pra São Paulo trabalhar numa loja de instrumentos, onde podia praticar quantos instrumentos quisesse. Aprendeu muito e começou a viver da música.

O Teatro Mágico veio em 2003. O objetivo era fazer algum sucesso fora da grande mídia. E conseguiu. Recentemente, em 2014, declarou sua saída do grupo para dar início à carreira solo. Desde então, tem feito isso por meio do crowfunding, um financiamento coletivo. E já possui cinco obras autorais: “Quem tem ouvidos” (2008), “Poesia Concisa” (2012), “Assim É!” (DVD – 2015), “O Baile de Máscaras Ao Vivo” (2015) e o libreto “Sem Palavras” com 140 citações compiladas de seu Twitter.

Mais sobre Galldino aí abaixo:

 

Galldino tem um blog e está no Facebook.

 

Junior Baiano

Junior Baiano

Flamengo, São Paulo, Palmeiras, Vasco, Internacional, América/RJ, Brasiliense e Volta Redonda. Esses foram os 7 clubes defendidos pelo zagueiro Júnior Baiano, este feirense que também chutou bolas internacionais na China e nos EUA. Entre 1992 e 1998, vestiu a camisa da Seleção Brasileira, jogando na Copa do Mundo da França.

A carreira de Júnior Baiano foi marcada por entradas e saídas de clubes e pelo anúncio de aposentadorias. Em 2005, desentendeu-se com a diretoria do Flamengo e anunciou sua primeira aposentadoria. Um ano depois, voltou atrás e jogou no América/RJ. A segunda aposentadoria foi anunciada em 2008, quando jogava no Brasiliense. Voltou em 2009, compondo o time do Volta Redonda. Um tempo depois, quando jogou no Miami FC, anunciou sua aposentadoria definitiva. Tempos depois, reapareceu como treinador. Uma tentativa que também não foi muito adiante.

Em tantas idas e vindas, acumulou quase duas dezenas de prêmios.

Anderson Talisca

Anderson Talisca

Outro nome feirense envolvido no cenário nacional e internacional do futebol é Anderson Talisca. Formado nas categorias de base do Bahia, Talisca mostrou um “futebol acima da média” em 2013 e 2014, fazendo seu nome ser conhecido. Em julho de 2014, foi vendido para o Benfica, de Portugal. Tão grande é o desempenho deste feirense lá fora que tem sido observado por técnicos como José Mourinho (Chelsea) e, por conta disso, defendido a unhas e dentes por Jesus, seu técnico português: “Talisca é um jovem. Se o Benfica chegou primeiro também tem de ter qualidade no que faz. Pelos jogos que fez no Brasil, conheciam tanto o Talisca como eu o Dartagnan”, em referência ao quarto mosqueteiro.

Abaixo, alguns dos gols de Talisca, curtidos e compartilhados mundo afora:

 

Talisca está no Facebook.