No livro “O Jazz do Rag ao Rock”, o jornalista Joachim Ernst define o Jazz da seguinte forma: “O jazz é uma forma de expressão artístico-musical que nasceu nos Estados Unidos em conseqüência do encontro do negro com a tradição musical européia. O arsenal harmônico, melódico e instrumental se origina na tradição cultural do Ocidente. Ritmo, fraseado, sonoridade, assim como particularidades da harmonia-blues, são de origem africana, elementos estes, porém, filtrados pela experiência vital do negro nos Estados Unidos”.

O Jazz é uma tradição musical que possui em sua gênese a fusão criativa de elementos musicais, a partir de referenciais diversos, às vezes superando o conceito do aparentemente contraditório e conflitante. Essa inquietação musical tem encontrado terreno fértil em Feira de Santana, com grupos e artistas que se destacam na Bahia e fora do estado, pelo Jazz que vêm produzindo.

No Recôncavo Jazz Festival, que ocorre em Cachoeira-BA, por exemplo, Feira emplacou duas atrações (dia 6 de abril): o músico Tito Pereira e o Grupo Africania:

Tito Pereira

Veja uma pequena demonstração do trabalho do pianista Tito Pereira, compositor de “Balada pra Bill”, interpretada pelo próprio Tito, junto com Carlos Betancourt no contrabaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=QsTrizFsWnI&feature=youtu.be

 

A Africania também “tá podendo”, com uma agenda bem animada em abril: além do festival no Recôncavo eles tocam em Salvador (1º de abril, Largo 2 de julho), João Pessoa-PB (Festival Negra Música, 15 de abril) e Florianópolis-SC, no Jurerê Jazz Festival (28 de abril). No mesmo festival se apresentarão Maria Gadú, O Grande Encontro, além de atrações de destaque no Jazz nacional e internacional.

 

Outro grupo de destaque no Jazz feirense é o Santini e Trio, que, junto com o Africania, concorre ao Prêmio Caymmi de Música, e vem fazendo um trabalho primoroso, junto com integrantes de outro tradicional grupo de Jazz da cidade, o Quaternária.

O Santini e Trio tocará pelo Prêmio Caimmy no dia 26 de abril, em Salvador:

Santini e Trio

 

Que o Jazz feirense continue a florescer, e influencie outras tradições musicais da cidade a seguir caminho semelhante, com inovação, ousadia e criatividade autoral.