O Prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho, é um dos nomes que está no jogo político das eleições que ocorrem no ano que vem. Muitas especulações surgem em torno do seu futuro político, a principal delas a respeito da sua possível candidatura ao Senado, deixando a Prefeitura Municipal com o Vice, Colbert Martins.
Ronaldo deu uma extensa entrevista ao jornal Tribuna da Bahia, um dos mais tradicionais da imprensa estadual. Sobre a candidatura em 2018 ele diz o seguinte:
“Fui candidato a senador em 2010. Foi uma campanha dificílima, sem materiais totais, mas fizemos uma campanha digna, honrada. Conheço a Bahia toda, lideranças de todas as regiões, me acho em condições de exercer um cargo majoritário. Então, se eu puder disputar um pleito em 2018, não vou esconder, vindo uma candidatura, eu iria com simpatia. Mas não pode ser um desejo meu, não pode ser uma coisa única na minha cabeça. A vontade eu tenho, mas tenho que ter apoio de grupo, de políticos e da sociedade. Então, se esses apoios surgirem, eu não tenho nenhum receio de enfrentar uma luta.”
Sobre outra especulação, a de que poderia passar para a base aliada do Governador Rui Costa, José Ronaldo afirmou:
“Aprendi ao longo da minha vida a manter uma relação de respeito institucional com as autoridades. Tenho com Jaques Wagner, mantenho com Rui, diria até que temos um relacionamento pessoal bom, de homens e cidadãos, e mantemos realmente uma relação muito respeitosa. E com certeza isso continuará, porque sempre coloquei o interesse da administração pública acima do interesse pessoal. Agora, política nem ele falou comigo nem eu falei com ele. Em nome da Justiça e da verdade, não tratamos desse assunto.”
Na mesma entrevista, perguntado sobre como avalia o Governo Rui, não fez uma leitura negativa:
“Acho que a economia tem passado por imensas dificuldades. A Bahia tem um déficit de quase R$ 1 bilhão. Esse é um quadro que preocupa. Ele tem viajado muito pela Bahia, não fica no gabinete. Acho que viajar muito ajuda a governar, mantém o cidadão sabendo da administração. Mas houve em determinado momento uma presença melhor, hoje a presença é menor de obras acontecendo. Mas existe um momento da política nacional acontecendo. No momento que estamos vivendo, que não se sabe quem é um candidato à presidência da República, fica mais difícil ter um pensamento da política mais forte. Isso prejudica a administração pública, e isso tem que ser superado com muito trabalho.”