Uma das formas de aferir a qualidade do transporte público coletivo é verificar a quantidade de tempo que os usuários precisam aguardar para o embarque. No caso dos ônibus em Feira de Santana essa sempre foi uma questão alvo de reclamações, mas nunca houve divulgação de dados objetivos para atestar, ou não, a sensação dos usuários.

Com a criação do aplicativo Tamse, por parte de alunos da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), essa questão começa a ser esclarecida. O aplicativo tem como objetivo facilitar a vida de quem utiliza o transporte público, utilizando informações de intinerários e horários dos ônibus para que o usuário possa se programar para a utilização do transporte público.

Conversamos com um dos criadores do Tamse, Igor Pereira, que esclareceu algumas dúvidas sobre o aplicativo:

Feirenses: Houve algum diálogo com o poder público municipal para realizar o trabalho?

Tamse: Para essa primeira versão tivemos que entrar em contato com a SMTT para conseguirmos as planilhas de horários e itinerários, que nos foi fornecido. Mas apenas para isso.

Feirenses: Quantos usuários o aplicativo já possui?

Tamse: Ainda estamos aguardando a atualização da Google Play, mas no dia de ontem (18 de outubro) quando lançamos o aplicativo já estávamos com mais de 800 downloads. Estimamos que hoje (19) o número passe de 1500.

Feirenses: Há margem para erros, já que o aplicativo não usa dados oficiais?

Tamse: Sim, até o momento temos registrado uma média de erro de 2 a 5 minutos nas estimativas. Mas na maioria dos casos as estimativas estão sendo praticamente exatas.

Telas do aplicativo Tamse

Telas do aplicativo Tamse

 

Feirenses: Já é possível ter uma média de quanto tempo os feirenses precisam esperar no ponto de ônibus?

Tamse: Ainda não temos dados suficientes para dar um diagnóstico preciso. Mas até onde podemos notar, a espera está em torno de 10 a 20 minutos.

Feirenses: Por que esse nome?

Tamse: O nome é uma das coisas mais difíceis de se escolher. Pensamos em vários nomes, até que o Heitor, um dos fundadores, sugeriu TAMSE. É uma sigla para Take Me Somewhere Else, que traduzindo é algo como “Leve-me para algum lugar”. Deixamos como provisório, mas acabou pegando.

Feirenses: Há intenção de expansão para outros municípios?

Tamse: Sim. Na verdade nós já começamos com esse intuito. Começamos em Feira de Santana por ser nossa cidade e pela necessidade que identificamos aqui. Mas o intuito é aperfeiçoarmos o aplicativo a cada nova versão lançada, aprendendo com as pessoas que o utilizam. Criando uma plataforma totalmente colaborativa que não dependa de prefeituras ou empresas de ônibus. Queremos ser uma espécie de Waze para o transporte público. A partir daí estaremos preparados para expandir para novas cidades.

***

O Tamse é uma iniciativa inovadora destacável, criada por Diego Leite, desenvolvedor de software, Heitor Rodrigues, desenvolvedor backend, Pedro Neri, desenvolvedor Android, Jones Dias: designer/frontend e Igor Pereira, administrador, responsável pela comunicação e publicidade. Todos cursam Engenharia da Computação na UEFS, exceto Igor.

Baixe no Google Play o aplicativo Tamse!